quinta-feira, 20 de junho de 2013

Como dizia meu sogro, os amigos, e até meus filhos, sou muito ponderada. E é muito difícil entender uma pessoa que pondera, que não se deixa levar por impulsos. As pessoas querem que a gente tenha um olhar único, prédeterminado e eu não tenho. Minhas opiniões são construídas pouco a pouco, ao longo de um processo em que sou espectadora e não me envolvo.Nem comigo, com minhas razões, motivos e verdades.Pondero sempre. Depois sim, tomo posição e me expresso. E como tudo vai mudando, as coisas vão tomando formatos diferentes e os acontecimentos se sobrepõem aos meus possíveis achismos, eu vou me formatando também. Me redirecionando. Mas não me perco de mim mesma. Nunca. Sei bem o que quero, só não gosto de impor a mim mesma, uma visão que não tenho mais. Não sou de panelinhas, nunca fui. Não é porque é meu amigo que está certo.Não é porque amo meu time, que ele é o melhor no momento e que sou contra os outros. Não é porque me identifico com uma bandeira que sou contra as outras. Não sou de ser contra.
Ser assim, te faz caminhar sozinha, independente, livre.As pessoas não são assim, pelo menos a maioria não é.E me cobram uma lealdade cega que eu não sei sentir. Sou leal sim e muito, mas livre.
Sou livre para permitir-me novas atitudes, novas idéias e novos achismos a serem analisados sobre tudo.Até pelo que sou.
Isso significa que não acredito nos achismos, predeterminismos, maniqueísmos e absolutismos. Desconfio deles e, quando os encontro em mim, reflito calmamente. Ponderadamente.
Nada, nada é maior do que a Verdade.
E a verdade, cada um tem a sua, a verdade é multifacetada.
Dá trabalho respeitar, observar e conviver com as verdades de cada um.
E com as nossas...
Dá trabalho ser ponderada ,mas é o que te torna livre. De verdade.